No capítulo 16 do livro de Ezequiel, Deus usa uma alegoria para descrever a relação entre Ele e Jerusalém, personificada como uma mulher infiel. O capítulo começa com a lembrança de como Jerusalém foi escolhida e cuidada por Deus desde o seu nascimento, quando era uma criança abandonada e desprezada. Deus a acolheu, vestiu e deu dignidade, fazendo dela uma cidade próspera e bela. No entanto, ao longo do tempo, Jerusalém se voltou para a idolatria e a infidelidade, traindo a aliança com Deus e se entregando a práticas imorais.
Deus, então, expressa sua indignação e tristeza pela traição de Jerusalém, que se entregou a outros deuses e se envolveu em alianças com nações pagãs. O capítulo destaca a gravidade da infidelidade de Jerusalém, que não apenas quebrou a aliança, mas também se tornou um exemplo de corrupção e promiscuidade. Apesar da severidade do juízo anunciado, o capítulo também aponta para a possibilidade de restauração, enfatizando a misericórdia de Deus e a esperança de um futuro renovado para a cidade, após o arrependimento e a purificação.