No capítulo 17 do livro de Apocalipse, João tem uma visão de uma mulher montada em uma besta escarlate, que possui sete cabeças e dez chifres. A mulher é descrita como a Grande Babilônia, a mãe das prostitutas e das abominações da terra, simbolizando a corrupção e a decadência espiritual. Ela é adornada com riquezas e se embriaga com o sangue dos santos, representando a perseguição aos fiéis. A besta que a sustenta é uma representação dos reinos e poderes que se opõem a Deus, e a visão revela a aliança entre a corrupção religiosa e os poderes políticos.
O anjo que guia João explica o significado da visão, revelando que as sete cabeças representam sete montes e sete reis, sendo cinco já caídos, um que existe e o outro que ainda virá. A besta, que é um oitavo rei, é descrita como pertencente aos sete, mas também como um agente de destruição. O capítulo conclui com a afirmação de que os dez chifres da besta, que representam dez reis, se unirão contra a mulher e a destruirão, cumprindo assim os planos de Deus. Essa passagem enfatiza a luta entre o bem e o mal, e a certeza do juízo divino sobre a corrupção e a injustiça.